segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

A dignidade do exercício da advocacia

Advokat, Fransk advokatdräkt, Nordisk familjebok.png
Gravura de um advogado. França, autor desconhecido.

Muito se critica a atuação profissional dos advogados. Geralmente, são associados ao que existe de mais vil e mais mesquinho em nossa sociedade. De fato, se tantos comentários perjorativos são feitos, alguma razão deve haver.
Realmente, não há como se negar a existência de bacharéis em direito que obtem a inscrição na Ordem dos Advogados e não medem esforços para tentar êxito em suas causas. Mentem, deturpam os fatos, denigrem a imagem dos ex adversos com calúnias, difamações e injúrias. Não percebem que, assim atuando, denigrem não só a sua imagem, mas a de toda uma categoria que foi criada, na Roma Antiga, para defesa dos interesses e direitos de terceiros.
O advogado é essencial para a manutenção do bem estar social. Isto porque, trata-se não de um mero profissional liberal, mas de um membro e peça essencial do Poder Judiciário, a quem compete o exercício do ius postulandi, exercendo, para tanto, munus publico. A Justiça somente se torna efetivamente inafastável quando o cidadão e a sociedade tem acesso a ela. Para tanto, mister se faz a atuação de um profissional treinado e capacitado para solucionar os conflitos de interesses de forma cordata, com base na razão, na moralidade, na ética e na justiça.


Busto de Cícero, um dos primeiros advogados.

Peço vênia para relembrar que a Ordem dos Advogados do Brasil foi peça fundamental na defesa dos direitos dos cidadãos brasileiros quando, em períodos históricos pretéritos, a democracia restou eclipsada por um Executivo truculento, um Legislativo omisso e uma Justiça acovardada.


Rui Barbosa, patrono dos advogados brasileiros.

Por diversas ocasiões, os verdadeiros advogados deixam a paz e quietude de seus lares para tentar a liberdade de filhos que se encontram encarceirados, atendendo, não raro honoris causa, a pedidos de pais e mães que, impotentes, viram sua prole trilhar o caminho da ilicitude.
Quantas vezes, não se ouve falar a clássica história de um dos maiores advogados do Brasil que, ao ser indagado, em tom de deboche, pelo algoz de seu cliente, na época do Regime Militar, quanto que recebia pelos serviços, o ilustre patrono respondeu: "Não se preocupe com isso não, um dia você vai precisar de advogado... aí eu cobro... e cobro caro...".
Ora, em que pese recentemente um filme denominado "Advogado do Diabo", estrelado com maestria por Al Pacino ter contribuído, com seu estrondoso sucesso, para a imagem denegrida dos advogados, vale lembrar outro filme do mesmo ator, "Justiça para todos", no qual Arthur Kirkland (Al Pacino) é um advogado idealista que já teve vários desentendimentos (inclusive já foi preso por desacato) com Fleming (John Forsythe), um inflexível juiz. Arthur recebe com surpresa a notícia de que o magistrado foi preso, acusado de estupro, e ironicamente Fleming quer ser defendido por ele, pois como todos sabem da rivalidade que existe entre os dois Kirkland só o defenderia se tivesse certeza da sua inocência. Em retribuição, Fleming promete rever um caso no qual Arthur tenta pôr em liberdade um cliente inocente (Thomas G. Waites), que está preso há dezoito meses.
Como o blog é dedicado a cultura, fica o registro para reflexão de todos.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Noite do Oscar e as lições de um Rei

Particularmente, não considero muito o Óscar como premiação de cinema, uma vez que penso que a teledramaturgia, característica da sétima arte, resta eclipsada pelos excessos e exageros comuns na indústria cinematográfica norte americana.
Na minha opinião, um bom filme é aquele que o roteiro, a direção e a interpretação sabem guardar a medida certa. Emocionam, divertem e sensibilizam no ponto exato para levar o espectador a mergulhar em si mesmo.
Na noite de premiação, somente assisti a um único concorrente (O Discurso do Rei), do qual virei fã incondicional.
Isso porque, narra a trajetória de um príncipe que nasceu gago, contando como o gago se fez Rei e como o gago conduziu a Inglaterra à vitória sobre a Alemanha Nazista na 2ª guerra mundial.
Nasci gago. Sofri preconceito. Fui discriminado e humilhado por pessoas desconhecidas, conhecidas, próximas e não tão próximas durante a infância e a adolescência. Na vida adulta, pensando que já tinha deixado para trás tanto sofrimento mudo e silencioso, eis que, quando menos se espera, surge alguém que gosta de usar minha dificuldade na fala para tentar diminuir-me.
Não pretendo servir de exemplo para ninguém, mas, caso alguém leia esse texto, vai uma lição que a vida me ensinou.

OS LIMITES EXISTEM PARA SEREM SUPERADOS!!!

Prezados:
um dos maiores Reis ingleses era gago e venceu Hitler!
um dos maiores expoentes da beleza feminina era gaga (Marilyn Monroe) e consagrou-se como uma das maiores atrizes da indústria cinematográfica!
Moisés era gago e libertou o povo hebreu do Egito!
Nelson Gonçalves era gago e foi um dos maiores cantores brasileiros de sua época!
Depois de "O Discurso do Rei", gagueira virou sinonimo de realeza.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Livros jurídicos

Prezados,

Em que pese as críticas que me fazem (e olha que não são poucas), quem publica dá a cara a tapa...
Logo, deixo aos aficcionados em direito público (econômico, administrativo e constitucional) a indicação de minha bibliografia para leitura, caso queiram.
Se forem procurar comentários e críticas no google a respeito, vão achar os mais variados possíveis.
A todos os que leram meus livros e elogiaram, meus mais sinceros agradecimentos... aos que leram e criticaram academicamente e construtivamente, muito obrigado... aos que leram e falaram mal, obrigados mais ainda por terem me julgado digno de seu tempo e dedicado sua atenção...









Se meus críticos soubessem o trabalho que deu e o carinho que dediquei a cada obra...

Mensagem de abertura

Prezados amigos,

É com grande prazer que dou por iniciado os trabalhos neste blog, totalmente dedicado as atividades jurídicas e culturais.
Espero ter o prazer de poder compartilhar muitas informações com todos vocês que me derem o prazer de sua leitura e companhia.
Inicialmente, trago a vocês uma dica cultural imperdível: se forem a Buenos Aires não deixem de visitar na Calle Santa Fe a livraria El Altineo. Além de um acervo maravilhoso de livros, conta com um café de excelente qualidade e serviço.